"O Frevo está no sangue do povo"...



sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Os tipos de frevo

Na década de 30, surge a divisão do frevo em três tipos:
Frevo de Rua
Frevo de rua é frevo tocado por orquestra instrumental, sem adição de nenhuma voz cancionando. Nos anos 30, com a popularização do ritmo pelas gravações em disco e sua transmissão pelos programas do rádio, convencionou-se a definir o frevo como "frevo de rua", quando puramente instrumental.
E ainda há subdivisões a partir do frevo de rua:

1 -Frevo de abafo, em que predominam as notas longas tocadas pelos metais, com a finalidade de abafar o som da orquestra rival;
2 -Frevo-coqueiro, uma variante do primeiro, formado por notas curtas e andamento rápido;
3 -Frevo-ventania, de uma linha melódica bem movimentada;
4 -Frevo-de-salão, um misto dos três outros tipos que, como o nome já diz, é próprio para o ambiente dos salões.

Frevo de Bloco
Frevo de bloco é um frevo executado por orquestra de pau e cordas (geralmente composta por violões, cavaquinhos, banjos, bandolins, violinos, além de instrumento de sopro e percussão). É chamado pelos compositores mais tradicionais de "marcha-de-bloco". O Frevo-de-Bloco é a música das agremiações tradicionalmente denominadas “Blocos Carnavalescos Mistos”. Seu aparecimento no carnaval de Pernambuco faz alusão a um dado histórico e sociológico: o início da efetiva participação da mulher, principalmente da classe média, na folia de rua do Recife, nas primeiras décadas do século XX.

Frevo Canção
Frevo canção é derivado da ária (composição musical escrita para um cantor solista), tem uma introdução orquestral e andamento melódico, típico dos frevos de rua. É seqüenciado por uma introdução forte de frevo, seguida de uma canção, concluindo novamente com frevo.
São vários os seus intérpretes. Os mais conhecidos são: Alceu Valença, Claudionor Germano entre outros grandes nomes...
Entre os compositores de frevo-canção destacam-se: Capiba, Nelson Ferreira, J. Michilles, Alceu Valença etc.

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A História do Frevo




O Frevo é um ritmo pernambucano derivado da marcha, do Maxixe da capoeira (luta e dança de origem africana). Surgido no Recife no final do Século XIX, o frevo se caracteriza pelo ritmo extremamente acelerado. Muito executado durante o carnaval, eram comuns conflitos entre blocos de frevos, em que capoeiristas saíam à frente dos seus blocos para intimidar blocos rivais e proteger seu estandarte. Da junção da capoeira com o ritmo do frevo nasceu o passo, a dança do frevo.
Até as sombrinhas coloridas seriam uma estilização das utilizadas inicialmente como armas de defesa dos passistas.
A dança do frevo pode ser de duas formas, quando a multidão dança, ou quando passistas realizam os passos mais difíceis, de forma acrobática. O frevo possui mais de 120 passos catalogados.
Pode-se afirmar que o frevo é uma criação de compositores de música ligeira, feita para o carnaval. Os músicos pensavam em dar ao povo mais animação nos folguedos. No decorrer do tempo, a música ganha características próprias acompanhadas por um bailado inconfundível de passos soltos e acrobáticos.

A origem da palavra "Frevo"

A palavra frevo vem de ferver, por corruptela, frever, que passou a designar: efervescência, agitação, confusão, rebuliço; apertão nas reuniões de grande massa popular no seu vai-e-vem em direções opostas, como o Carnaval, de acordo com o Vocabulário Pernambucano, de Pereira da Costa.
Divulgando o que a boca anônima do povo já espalhava, o
Jornal Pequeno, vespertino do Recife que mantinha uma detalhada seção carnavalesca da época, assinada pelo jornalista "Oswaldo Oliveira", na edição de 12 de fevereiro de 1907, fez a primeira referência ao ritmo, na reportagem sobre o ensaio do clube Empalhadores do Feitosa, do bairro do Hipódromo, que apresentava, entre outras músicas, uma denominada O frevo. E, em reconhecimento à importância do ritmo e a sua data de origem, em 09 de Fevereiro de 2007, a Prefeitura da Cidade do Recife comemorou os 100 anos do Frevo durante o carnaval de 2007.