"O Frevo está no sangue do povo"...



sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Galo da Madrugada homenageia o centenário de Luiz Gonzaga

O Galo da Madrugada, bloco pernambucano que figura no Guiness Book como maior agremiação carnavalesca do mundo, acerta os detalhes do seu 35º desfile no centro do Recife (PE). Em 2012, a folia do Sábado de Carnaval (18 de fevereiro) homenageará o centenário de Luiz Gonzaga, com o mote “Galo, Frevo e Folião - Homenagem ao Rei do Baião”. A festa terá um convidado mais que especial: o Homem da Meia-Noite, boneco gigante mais famoso do Brasil que neste ano celebra 80 carnavais.


Os preparativos para o Carnaval 2012 estão a todo vapor no galpão do Galo da Madrugada, com a confecção dos carros alegóricos “Asa Branca” e “Gonzagão” e dos tradicionais Bonde de São José e abre-alas, com o Galo gigante. O tributo a Luiz Gonzaga inclui ainda frevos temáticos, diretores fantasiados em referência ao compositor, edição especial do trio elétrico dos forrozeiros e muito baião tocado em ritmo de frevo. O Homem da Meia-Noite fará sua estreia no cortejo que abre as festividades do Sábado de Zé Pereira na capital pernambucana, ao lado dos bonecos de Enéas Freire e de Luiz Gonzaga.

A reunião de três das maiores referências da cultura pernambucana é garantia de um desfile inesquecível para os brincantes, diz Rômulo Meneses, presidente do Galo. “Luiz Gonzaga tem muito a ver com nossa proposta. Da mesma forma que ele defendeu praticamente sozinho a música nordestina nas décadas de 1940 e 1950, o Galo vem defendendo há 35 anos a cultura pernambucana e o nosso frevo”, afirma. “A presença do Homem da Meia-Noite mostra nossa força cultural, na união do bloco-símbolo do Recife com a histórica agremiação de Olinda”.

Entre as atrações, o Galo da Madrugada terá como destaque a banda Calypso, que deve gravar em breve seu primeiro CD de frevos. Também estão confirmados no maior desfile do mundo Gustavo Travassos, Edilza, Maestro Forró e a Orquestra Popular da Bomba do Hemetério (OPBH), SpokFrevo Orquestra, Quinteto Violado, Orquestra Metais do Maestro Lima Neto, Almir Rouche, Nena Queiroga, André Rio, Orquestra Capital do Frevo e Grupo Som da Terra.

O desfile 2012 vai manter o percurso de 4,5 quilômetros lançado no Carnaval do ano passado, com 25 trios elétricos que farão o trajeto pela Avenida Dantas Barreto, no Bairro de São José, centro do Recife (PE). “Vamos repetir o roteiro, que foi um sucesso em termos de segurança e diversão do folião”, observa o vice-presidente do Galo da Madrugada, Rodrigo Menezes. O bloco também segue pontual, com início previsto para as 9h e término às 18h30.

Fonte: Jornal do Brasil

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A História do Frevo




O Frevo é um ritmo pernambucano derivado da marcha, do Maxixe da capoeira (luta e dança de origem africana). Surgido no Recife no final do Século XIX, o frevo se caracteriza pelo ritmo extremamente acelerado. Muito executado durante o carnaval, eram comuns conflitos entre blocos de frevos, em que capoeiristas saíam à frente dos seus blocos para intimidar blocos rivais e proteger seu estandarte. Da junção da capoeira com o ritmo do frevo nasceu o passo, a dança do frevo.
Até as sombrinhas coloridas seriam uma estilização das utilizadas inicialmente como armas de defesa dos passistas.
A dança do frevo pode ser de duas formas, quando a multidão dança, ou quando passistas realizam os passos mais difíceis, de forma acrobática. O frevo possui mais de 120 passos catalogados.
Pode-se afirmar que o frevo é uma criação de compositores de música ligeira, feita para o carnaval. Os músicos pensavam em dar ao povo mais animação nos folguedos. No decorrer do tempo, a música ganha características próprias acompanhadas por um bailado inconfundível de passos soltos e acrobáticos.

A origem da palavra "Frevo"

A palavra frevo vem de ferver, por corruptela, frever, que passou a designar: efervescência, agitação, confusão, rebuliço; apertão nas reuniões de grande massa popular no seu vai-e-vem em direções opostas, como o Carnaval, de acordo com o Vocabulário Pernambucano, de Pereira da Costa.
Divulgando o que a boca anônima do povo já espalhava, o
Jornal Pequeno, vespertino do Recife que mantinha uma detalhada seção carnavalesca da época, assinada pelo jornalista "Oswaldo Oliveira", na edição de 12 de fevereiro de 1907, fez a primeira referência ao ritmo, na reportagem sobre o ensaio do clube Empalhadores do Feitosa, do bairro do Hipódromo, que apresentava, entre outras músicas, uma denominada O frevo. E, em reconhecimento à importância do ritmo e a sua data de origem, em 09 de Fevereiro de 2007, a Prefeitura da Cidade do Recife comemorou os 100 anos do Frevo durante o carnaval de 2007.