"O Frevo está no sangue do povo"...



sábado, 21 de janeiro de 2012

Spok: O embaixador do Frevo

Maestro Spok
 
Com sua versatilidade e inquestionável talento, o maestro Spok despontou no cenário musical brasileiro e mundial. Com sua magistral orquestra, tem alcançado destaque especial, pelo repertório e aprimorada afinação, oferecendo ao público de todo o mundo seu exemplo de excelente instrumentista, ao lado dos demais componentes da Spokfrevo Orquestra.
O maestro Spok com a sua atuação no exterior deu “asas ao frevo” que já foi muito longe brilhar e encantar as mais variadas platéias do mundo e seguirá muito além, atuando como um verdadeiro embaixador do frevo, cuja batuta é o seu saxofone...

Entre altos e baixos ele sobreviveu e completou o seu primeiro centenário numa trajetória de êxitos e frustrações. Mesmo assim, superou tudo isso e galgou degraus que jamais pensou alcançar.

Dessa forma, tem seu valor reconhecido o que lhe dá sempre um novo fôlego para atingir muitos outros centenários, assim espero.

Quer seja de rua, canção ou de bloco, agrada a todos os gostos, mostrando que é versátil em suas modalidades. Que outros embaixadores venham juntar-se ao maestro Spok,pois, há lugar para todos e o frevo merece.

Mesmo assim, seu espaço é pequeno, muito pequeno para quem é tão imenso e grandioso. Basta observar e comprovar essa assertiva. Ele satisfaz os ouvidos e os olhos, aguçando nossa mente por conta da sua beleza melódica, harmônica e rítmica.

Impetuoso sendo de rua, irreverente quando canção e nostálgico nos blocos, ele é completo no contexto da nossa música carnavalesca.

Que sobreviva infinitamente deixando um rastro perene de alegria e principalmente, a certeza de que voltará a brilhar a cada ano...

Maestro Spok: que belo exemplo de pernambucanidade. Outros deverão segui-lo. Parabéns!
LUIZ GUIMARAES

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A História do Frevo




O Frevo é um ritmo pernambucano derivado da marcha, do Maxixe da capoeira (luta e dança de origem africana). Surgido no Recife no final do Século XIX, o frevo se caracteriza pelo ritmo extremamente acelerado. Muito executado durante o carnaval, eram comuns conflitos entre blocos de frevos, em que capoeiristas saíam à frente dos seus blocos para intimidar blocos rivais e proteger seu estandarte. Da junção da capoeira com o ritmo do frevo nasceu o passo, a dança do frevo.
Até as sombrinhas coloridas seriam uma estilização das utilizadas inicialmente como armas de defesa dos passistas.
A dança do frevo pode ser de duas formas, quando a multidão dança, ou quando passistas realizam os passos mais difíceis, de forma acrobática. O frevo possui mais de 120 passos catalogados.
Pode-se afirmar que o frevo é uma criação de compositores de música ligeira, feita para o carnaval. Os músicos pensavam em dar ao povo mais animação nos folguedos. No decorrer do tempo, a música ganha características próprias acompanhadas por um bailado inconfundível de passos soltos e acrobáticos.

A origem da palavra "Frevo"

A palavra frevo vem de ferver, por corruptela, frever, que passou a designar: efervescência, agitação, confusão, rebuliço; apertão nas reuniões de grande massa popular no seu vai-e-vem em direções opostas, como o Carnaval, de acordo com o Vocabulário Pernambucano, de Pereira da Costa.
Divulgando o que a boca anônima do povo já espalhava, o
Jornal Pequeno, vespertino do Recife que mantinha uma detalhada seção carnavalesca da época, assinada pelo jornalista "Oswaldo Oliveira", na edição de 12 de fevereiro de 1907, fez a primeira referência ao ritmo, na reportagem sobre o ensaio do clube Empalhadores do Feitosa, do bairro do Hipódromo, que apresentava, entre outras músicas, uma denominada O frevo. E, em reconhecimento à importância do ritmo e a sua data de origem, em 09 de Fevereiro de 2007, a Prefeitura da Cidade do Recife comemorou os 100 anos do Frevo durante o carnaval de 2007.